A prefeita de Marituba (PA), Patrícia Alencar (MDB), virou assunto nacional após a circulação de um vídeo em que aparece dançando forró de biquíni durante um momento de lazer. A gravação, feita em um perfil privado no Instagram, acabou vazando e viralizou, gerando uma onda de críticas e apoio nas redes sociais.
“Deus não deixa cair”, diz prefeita em resposta a ataques
Diante da repercussão, Patrícia foi direta: “Deus não deixa cair”, escreveu nas redes. Ela afirmou que a vida pessoal não interfere em sua atuação como gestora e reforçou que “uma mulher pode ser bonita, livre e competente”.
A prefeita ainda questionou os padrões exigidos de mulheres na política e apontou traços de machismo nas críticas recebidas.
Redes sociais divididas
O vídeo causou polêmica. Enquanto parte da população defendeu a liberdade da prefeita de se divertir em sua vida privada, outros criticaram o comportamento, alegando que não condiz com a postura esperada de uma autoridade pública.
Popularidade em alta
Apesar da controvérsia, Patrícia Alencar continua com aprovação expressiva: 93% da população de Marituba avalia sua gestão positivamente, segundo pesquisa recente. Ela lidera com folga a corrida eleitoral pela reeleição em 2024, com 55,5% das intenções de voto.
Privacidade, machismo e vida pública
O caso reacende o debate sobre os limites entre a vida privada e o exercício do cargo público, principalmente quando se trata de mulheres em posições de poder. O episódio também revela como o julgamento sobre a conduta pessoal de figuras públicas ainda é marcado por estigmas de gênero e expectativas desiguais.
“A polêmica em torno do vídeo da prefeita Patrícia Alencar revela muito mais sobre a sociedade do que sobre ela. Em pleno 2025, ainda se cobra das mulheres na política uma postura quase monástica, enquanto homens em cargos públicos raramente enfrentam o mesmo escrutínio por suas vidas privadas. Dançar de biquíni em um momento de lazer não desqualifica uma gestão bem avaliada — pelo contrário, humaniza a figura pública e reafirma que liberdade e competência podem (e devem) coexistir.” ValdivinodeoliveiraDRT001423/GO